Quando eu tinha alguns anos de vida, eu tinha muito medo de escuro. Com minha imaginação fértil de criança, eu imaginava monstros do armário, fantasmas, e tudo o que podia me assustar. Recordo-me que, quando deitava em minha cama, tentava pensar em coisas boas, imagens bonitas, mas, logo em seguida minha imaginação - traidora - começava a transformar minhas lindas criações em horrores, era pertubador.
O medo, certa vez, fez com que eu gritasse muito, transformando o desenho de uma caixa de sapato em grandes olhos vermelhor furiosos. Acho que conseguem imaginar, não é? Podem rir, agora é engraçado.
Isso tudo quando eu era inocente, e ainda podia imaginar que o mundo era perfeito.
Imaginava que, assim que ficasse mais velha, poderia deixar de ter medo. Afinal, eu seria maior, mais forte, responsável, teria um emprego, entraria na faculdade, isso faria de mim uma mulher corajosa... Agora, estou vivendo minha realidade, sou maior, - nem tanto - mais forte, - em comparação ao que era antes - responsável, tenho um emprego e estou na faculdade, mas quer saber de uma coisa? Continuo tendo medo. Não do escuro! - apesar de nao gostar dele. Agora que sou crescidinha, tenho medo dos monstros de verdade, daqueles que destroem auto-estima, do monstro que não te permite saber o que virá amanhã, e o maior de todos, o monstro do fracasso. Porque o fracasso pode estar presente em vários momentos da vida, nas amizades, no emprego, em uma roupa que nao deu certo, um objetivo inalcansável - mesmo sabendo que tudo depende de mim.
O futuro é incerto,
o ontem é apenas uma lembrança,
o hoje é uma vida,
onde devemos aplicar toda nossa esperança!!!
Beijos, até mais!
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